"Estou ficando sóbrio e me deparo com um mundo atordoado." Yan Soares

sexta-feira, 9 de abril de 2010

O medo maior

Todo mundo tem medo de alguma coisa, e isso eu falo sem medo de errar. Tem gente que se treme todo quando esta em uma altura elevada; existem aqueles que urinam nas calças quando estão em um local escuro; tem gente que morre de medo das coisas sobrenaturais; tem gente que não consegue ficar sozinho; tem gente que tem sua fobia de certos animais; e tem gente que morre de medo de estranhos. Embora sejam diferentes todos os medos originam de um único medo, que eu denomino de “o medo maior”.
É difícil de acreditar, mas todos, na verdade, sentem medo da mesma coisa: do desconhecido! As pessoas têm medo do que pode acontecer com elas: as pessoas que odeiam altura, escuridão ou de ficarem sozinhos, na verdade, têm medo é do que pode acontecer se colocados em tais situações junto com suas possíveis impotências (aumentada pelo terror) para mudar essas condições; as pessoas que tem medo de coisas sobrenaturais, animais ou de estranhos, sofrem medo é da incerteza do que tais agentes possam fazer para sua saúde, sanidade ou segurança.
Lógico que não vou da a sugestão de trabalharmos nossa mente para banirmos dela todas nossas dúvidas e incertezas (a fim de não sentir mais medos), isso seria impossível, já que o medo é vital: isso mesmo, se os seres humanos não tivessem medo de nada, morreríamos mais cedo, já que, assim sendo, não mediríamos as conseqüências das nossas ações. Esse é o risco que correm todos os corajosos de plantão.
Mas vamos com calma: correr risco é bom? É ótimo! Mas ser inconseqüente é burrice. Tudo remonta ao tópico anterior: precisamos achar um ponto de equilibro, nesse caso, entre o medo e a coragem.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Equilíbrio Universal


Discutindo com uma amiga minha sobre medicina ela disse que não teria coragem de chegar para a família de um paciente que morreu e anunciar o óbito. Na hora eu me recordei de uma teoria a qual chamo de teoria do Equilíbrio Universal, ela diz que nada acontece sem que haja algo de sentido oposto acontecendo também, é como se fosse, mais ou menos, a Terceira Lei de Newton (para cada ação, há uma reação de mesma direção, intensidade e sentido oposto.) em grande escala. No caso eu falei que é impossível dar sempre noticias boas ou que alegram, algumas vezes precisamos ser francos e falar a verdade.
Voltando a teoria, é possível citar deveras maneiras de como esse raciocínio é esquecido: não são raras as pessoas que dizem fazer sempre o bem, que só existe o céu e etc. Mas acontece que se uma pessoa faz coisas benéficas, outra faz coisas maléficas, se existe o paraíso, o inferno também está ali. Aí vem aquela pergunta: e porque as pessoas são tão más destruindo o planeta? Essa ingenuidade é, infelizmente, muito fácil de ser respondida: é que o Mal é quem está no comando e o Bem é que está, cada vez mais, sendo esquecido pelas pessoas. Todos se lembram daqueles desenhos animados nos quais, numa dúvida, o personagem via um anjinho e um diabinho, um em cada ombro, tentando convencer qual era a atitude “certa”. Tudo esta dentro de nós, o bem e o mal, a sabedoria e a ignorância, basta acharmos o ponto de equilíbrio. Imagina se o bode da figura trabalhar mais com um dos lados do seu cérebro do que outro, ou se não tiver concentrado o suficiente para achar uma interseção entre o que ele pode ou não fazer naquele momento crucial. Isso tudo deve ser levado em consideração para o bem maior: a sobrevivência.
Outro exemplo disso é a lei do capitalismo: se uma pessoa, uma empresa ou um país ganha, outro(a) perde, automaticamente. Não vou começar com um discurso sócio-comunista, até porque a utopia desejada, sendo bem redundante, é impossível se seguirmos a teoria em pauta. O que precisa é saber dosar e atingir um meio termo (como o yin yang, aquele famoso símbolo que mostra o equilíbrio entre forças opostas) que é o que garante o equilíbrio na terra e nos seres que nela habitam.

terça-feira, 9 de março de 2010

Fractais


“Fractais são figuras (como esta e a do blog) da geometria não-euclidiana, e são os objetos de estudo da geometria fractal (o ramo da matemática que estuda as propriedades e comportamento dessas figuras). Eles foram aplicadaos na ciência, na tecnologia e na arte gerada por computadores. As raízes conceituais dos fractais remontam a tentativas de medir o tamanho de objetos para os quais as definições tradicionais baseadas na geometria euclidiana falham.Um fractal (anteriormente conhecido como curva monstro) é um objeto geométrico que pode ser dividido em partes, cada uma das quais semelhante ao objeto original. Diz-se que os fractais têm infinitos detalhes, são geralmente auto-similares e independem de escala. Em muitos casos um fractal pode ser gerado por um padrão repetido, tipicamente um processo recorrente ou iterativo.”
Quando Amadeu Albino, um dos professores de física do terceiro ano do Ensino Médio do CEI, mostrou na sala de aula essas figuras eu, inicialmente só prestei atenção na estética dos fractais, as cores, as curvas, formando figuras psicodélicas, complexas e bonitas. Contudo, pude, um dia desses, conseguir comparar a geometria matemática com a forma que o nosso cérebro trabalha: O nosso lado esquerdo, ligado ao raciocínio lógico, linear, sequencial seria a geometria euclidiana, onde linhas retas ou planos permanecem sempre a uma distância fixa uns dos outros independentemente do seu comprimento; e o nosso lado direito, ligado à emoção, a intuição, a criatividade e a capacidade de ousar soluções diferentes seria as geometrias não-euclidiana, como a “elíptica e hiperbólica, que modificam o axioma das paralelas (de Euclides), o qual diz que por um ponto exterior a uma reta passa exatamente uma reta paralela à inicial (enquanto que na geometria elíptica, não há nenhuma reta paralela à inicial, e na geometria hiperbólica, onde existe uma inifinidade de retas paralelas à inicial que passam no mesmo ponto).”
E é justamente aí que eu entro, as geometrias não euclidianas, como citei anteriormente, serviu para explicar e colocar um novo olhar sobre algo que era tido como certo, igual a nossa capacidade de inovar e de ser criativo, virtudes importantes nesse ramo que estou estudando agora: Desenho Industrial ou Design de Produtos. Trabalhar com esse lado do cérebro, o direito, permite uma maior capacidade de análise crítica não necessariamente baseada apenas nas regras pré-estabelecidas, eu não vou, por exemplo, analisar uma obra abstrata, como Guernica de Pablo Picasso, e achá-la ruim só porque não segue os padrões estéticos do Impressionismo e apela pro Cubismo. Tal capacidade de análise é necessária a qualquer profissão, um médico, por exemplo, não vai fazer um transplante de orgão em um paciente que é testemunha de Jeová só porque este precisa. O que eu quero dizer é que não devemos utilizar 100% do nosso lado esquerdo, embora nossa sociedade mecanicista as vezes impõe isso, é necessário um integração entre os dois hemisférios, equilibrando o uso de nossas “potencialidades”.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Ética televisisva


Já perceberam como os programas de televisão passam uma imagem errada? Eles contorcem muito daquilo que aprendemos com nossos pais, ou na escola. Como por exemplo, as novelas das oito, nas quais torcemos para que a traição seja efetuada e os adúlteros terminem juntinhos, filmes como “11 homens e um segredo”, “Jogo entre ladrões” e “Ladrões de diamantes” faz com que torçamos para que os infratores saiam ganhando.
Veja a sinopse do filme “Rambo - Programado Para Matar”, tirada do site http://www.adorocinema.com/filmes/rambo/: “O veterano John Rambo (Sylvester Stallone) da Guerra do Vietnã é preso injustamente por xerife (Brian Dennehy), mas consegue fugir e promove uma guerra não só contra o policial, mas contra toda uma cidade, causando pânico e destruição, que é o que ele sabe fazer de melhor”. Qual é a lição que esse filme traz para uma criança de 10 anos, no auge da sua formação intelectual e naquela faze que aprender o que é certo e errado é fundamental para suas ações futuras? Provavelmente, o garoto vai achar legal e vai fazer da sua mão uma pistola imaginária e ficar gritando Pow Pow, correndo pela casa. O pior é que não podemos dizer “Não”, assim do nada, ele acabou de ver um galã saradão fazendo a mesma coisa!
Uma novela que envolveu uma serie de atentados a nossa cultura foi BANG BANG, amávamos os ladrões travestidos, torcíamos pelo romance entre o médico e a prostituta japonesa (que formaram um casal de acompanhantes no final da novela), e aquela cristã fervorosa que era tida como louca pelo próprio marido e suas filhas que acabaram como cortesãs e cenas que envolviam pornografia leve eram passadas às 19h. Enfim, não posso aconselhar parar de assistirmos televisão e filmes, estaria sendo hipócrita, mas não nego que podemos filtrar essas futilidades.

domingo, 7 de março de 2010

Fresons


O que são fresons? simplesmente, essa é mais uma daquelas perguntas cujas respostas (sim, podem ter infinitas delas) variam de acordo com a psique e o estado de cada pessoa, ou seja, eu posso da uma resposta hoje e outra completamente diferente daqui a um ano. Infelizmente, não adianta pesquisar no Google, não só porque vai-se achar uma coisa totalmente diferente, mas também porque essa ferramenta facilitaria muito a compreensão do que é um freson e isso é justamente o oposto da essência do seu significado. Sentir um freson é fácil, basta uma fração de segundo, embora exitam aqueles que vivenciam fresons constantes, duradouros, únicos e até fresons instáveis. O problema é entendê-los, eles são uma complexa mistura de circunstâncias internas e externas que culminam numa "sensação de prazer intenso, num gozo na alma, numa felicidade em demasia. É sentir-se como se pudesse flutuar devido ao sentimento de felicidade abundante". Tal citação é o significado de FRISSON, palavra da qual uma pessoa extraiu a expressão "freson" para que este sentimento se tornasse íntimo, pessoal, agridoce, lindo, multicolor e infinito.
Dedico minha primeira postagem a esta pessoa, chéri.